PROTEM: procedimentos em emergência
PROTEM
Em um plantão de emergência, não é a teoria que decide, mas a mão que sabe o que fazer quando o tempo encurta. Procedimentos em emergência não são “recursos avançados opcionais”, e sim pontes concretas entre o raciocínio clínico e a possibilidade real de salvar vidas. É exatamente nesse ponto que o PROTEM se posiciona: como um curso de procedimentos em emergência pensado para médicos e enfermeiros que precisam executar com segurança aquilo que muitos só viram em slides.
Da compressão torácica com feedback audiovisual ao acesso intraósseo, da máscara laríngea e outros dispositivos extraglóticos ou supraglóticos à cricotireoidostomia por punção e à punção torácica de alívio, o PROTEM foi desenhado para transformar habilidades fragmentadas em um repertório integrado, crítico e ético.
O que é o PROTEM na visão da Stoicus
O PROTEM é um curso intensivo de Procedimentos em Emergências, realizado em Blumenau e em outras cidades parceiras, com imersão prática e certificação oficial Stop the Bleed, focado no atendimento ao paciente crítico e na realidade de pronto-socorro e APH. A proposta não é oferecer um “passeio por técnicas curiosas”, e sim um ambiente de treinamento em que médicos e enfermeiros aprendem, repetem, erram com segurança e corrigem sua técnica até que o gesto se torne confiável.
Suporte Básico de Vida com feedback audiovisual: muito além do “apertar no meio do peito”
O módulo de Suporte Básico de Vida é o alicerce do PROTEM. Aqui, BLS não é uma formalidade de abertura, mas o eixo em torno do qual giram todos os procedimentos de emergência. O profissional treina compressões torácicas, ventilação de resgate, uso do DEA e manejo em equipe utilizando manequins com feedback audiovisual em tempo real, tecnologia de ponta que mostra imediatamente se a técnica está dentro dos parâmetros ideais.
Em vez de ouvir apenas que “as compressões precisam ter profundidade adequada”, o aluno enxerga que está comprimindo menos do que deveria, ou que a frequência está acima do recomendado. Aprende a ajustar a força, a postura, o posicionamento das mãos e a coordenação com as ventilações. Isso permite que médicos e profissionais de enfermagem identifiquem com clareza como praticar melhor, desenvolvendo uma relação mais madura com o conceito de qualidade em RCP.
Quando esse mesmo profissional for iniciar uma reanimação em um plantão real, a memória corporal construída no PROTEM ajuda a transformar o algoritmo em ação eficaz, consistente e reproduzível.
Stop the Bleed: controle de hemorragias em um programa internacional
O controle de hemorragias graves é um dos pilares da sobrevivência no trauma. O PROTEM incorpora o módulo oficial do programa internacional Stop the Bleed, criado a partir de lições aprendidas no contexto militar e difundido por entidades como o American College of Surgeons, com o objetivo de treinar pessoas para controlar sangramentos ameaçadores à vida antes da chegada da equipe de emergência.
No PROTEM, esse conteúdo é adaptado à realidade brasileira e ao contexto de emergência para enfermagem e medicina. O aluno aprende a reconhecer rapidamente o sangramento exsanguinante, aplicar compressão eficaz, realizar tamponamento de feridas, usar torniquetes de forma segura e entender quando cada técnica é indicada ou contraindicada. Tudo isso em cenários práticos que simulam tanto o ambiente hospitalar quanto o pré-hospitalar.
Ao final, o profissional sai não apenas com uma certificação de prestígio, mas com a consciência de que, em poucos minutos, é possível decidir entre a progressão inevitável do choque hemorrágico e a chance real de interrompê-lo.
Acesso intraósseo: uma segunda via para o tempo que não volta
Em muitos pacientes críticos, o acesso venoso periférico simplesmente não acontece na velocidade que a fisiologia exige. Choque, colapso vascular, edema importante, obesidade extrema e outros fatores tornam a punção venosa um desafio que consome minutos preciosos. Nessas situações, o acesso intraósseo deixa de ser um recurso exótico e passa a ser uma linha de vida concreta.
No PROTEM, o acesso intraósseo é ensinado de forma sistemática, respeitando a anatomia, a fisiologia e a realidade do plantão. O aluno treina em manequins os principais sítios em adultos e crianças, entendendo não só onde puncionar, mas por que aquela região é escolhida e quais são os riscos associados.
Em adultos, a punção é praticada na tíbia proximal, no úmero proximal e, quando pertinente, em pontos específicos como o esterno, sempre discutindo profundidade aproximada, estabilidade óssea e risco de extravasamento. Em pediatria, há ênfase especial na tíbia proximal e distal, considerando a espessura reduzida da cortical, a proximidade com a placa de crescimento e a necessidade de vigilância contínua de sinais de infiltração.
O treinamento enfatiza um roteiro mental claro: indicação, escolha criteriosa do sítio, assepsia, inserção, confirmação de posicionamento e início da infusão. Em vez de focar apenas na “furada”, o curso discute fluxo de infusão, dor, risco de síndrome compartimental, tempo de permanência e quando migrar para outro acesso. Isso faz com que o profissional saia do PROTEM com uma visão muito mais completa e responsável sobre esse procedimento.
Ao acessar a página da turma, o aluno encontra a programação detalhada do PROTEM em Blumenau, o formato presencial intensivo e todas as informações logísticas necessárias para se preparar para esse mergulho em procedimentos em emergências que salvam vidas.
Máscara laríngea, I-gel e dispositivos extraglóticos: uma nova forma de pensar via aérea
Durante muito tempo, a discussão sobre via aérea nas emergências parecia se resumir à intubação orotraqueal. Hoje sabemos que isso é reduzir demais a complexidade do problema. Os dispositivos extraglóticos ou supraglóticos, como a máscara laríngea e o I-gel, remodelaram o manejo da via aérea, especialmente em contextos de pré-hospitalar, parada cardiorrespiratória e equipes com diferentes níveis de treinamento.
No PROTEM, o aluno percorre a história das gerações de máscara laríngea. Das primeiras versões, que já permitiam uma via aérea relativamente estável sem visualização direta das cordas vocais, às gerações mais recentes, com melhor vedação, menor risco de insuflação gástrica, canal para passagem de sonda e desenho pensado para reduzir complicações. O I-gel, com seu material que se molda à anatomia supraglótica, é discutido como exemplo dessa evolução em termos de ergonomia e segurança.
O módulo de via aérea do PROTEM não se limita a mostrar os dispositivos. Médicos e profissionais de enfermagem aprendem a reconhecer cenários em que a máscara laríngea é especialmente útil, como em pacientes em parada, em situações em que a intubação falhou ou não é a primeira escolha, ou em contextos em que o tempo e os recursos são extremamente limitados. São discutidos os cuidados com posicionamento, selamento adequado, pressão de cuff e monitorização da ventilação.
Ao manipular diferentes tipos de dispositivos supraglóticos e extraglóticos, o aluno desenvolve memória tátil, coordenação de mãos e senso de oportunidade. Afinal, dominar via aérea na emergência não é apenas “saber intubar”, mas saber qual dispositivo oferece o melhor equilíbrio entre segurança, rapidez e dano mínimo para aquele paciente específico.
Cricotireoidostomia por punção: um procedimento tão potente quanto problemático
A cricotireoidostomia por punção ocupa um lugar delicado no universo dos procedimentos em emergência. Em teoria, ela oferece uma via de acesso à via aérea em situações extremas de “não consigo ventilar, não consigo intubar”. Na prática, cada vez mais se discute seu benefício limitado frente ao potencial de complicações e à dificuldade de ventilação eficaz por essa via, especialmente em adultos.
No PROTEM, a cricotireoidostomia por punção é abordada com honestidade intelectual. O aluno aprende a anatomia da membrana cricotireóidea, revê as indicações clássicas, as contraindicações e as complicações mais relevantes, como enfisema subcutâneo maciço, barotrauma e falha em garantir ventilação adequada. Discute-se que, em muitos cenários, a técnica está progressivamente perdendo espaço para abordagens cirúrgicas mais definitivas em serviços especializados.
Uma nuance importante é o espaço que alguns protocolos ainda reservam à cricotireoidostomia por punção em determinados contextos pediátricos, sempre com extrema cautela e dentro de diretrizes muito bem definidas. No PROTEM, o objetivo não é estimular o uso indiscriminado, mas permitir que médicos e enfermeiros compreendam o racional, os limites e a responsabilidade por trás dessa decisão.
Assim, o curso oferece prática em modelos anatômicos para que o profissional reconheça a região, entenda o passo a passo e, sobretudo, consolide a percepção de que se trata de um recurso que só deve ser cogitado em contextos muito específicos e dentro de protocolos institucionais claros.
Punção torácica de alívio: reconhecer o pneumotórax hipertensivo antes que o tempo acabe
A punção torácica de alívio é um dos procedimentos mais emblemáticos da emergência, especialmente em cenários de trauma com suspeita de pneumotórax hipertensivo. Ao mesmo tempo, é também um dos procedimentos mais cercados de controvérsias, tanto em relação às indicações quanto à técnica e às complicações possíveis.
No PROTEM, o aluno revisa a fisiopatologia do pneumotórax hipertensivo, aprende a reconhecer seus sinais clínicos e discute a diferença entre “suspeita forte” e situações em que a clínica não fecha de forma clara. A partir daí, a técnica de punção é ensinada de forma cuidadosa, abordando os diferentes locais possíveis, como o segundo espaço intercostal em linha hemiclavicular e o quarto ou quinto espaço intercostal em linha axilar anterior, de acordo com recomendações modernas.
Mais importante do que decorar pontos de punção, o profissional é convidado a entender a tridimensionalidade do tórax, o risco de lesão de vasos, a possibilidade de inserção inadequada, o risco de falha do cateter por dobra, obstrução ou posicionamento inadequado e a falsa sensação de segurança quando a punção não resolve o quadro clínico.
O curso também enfatiza a relação entre punção de alívio e toracostomia com drenagem, discutindo quando a simples punção pode ser insuficiente e por que, em muitos serviços, a drenagem em ambiente controlado é o padrão de cuidado após estabilização inicial.
Um curso de procedimentos em emergência pensado para médicos e enfermeiros
A força do PROTEM está na forma como ele enxerga o time de emergência como um organismo único. Médicos e profissionais de enfermagem treinam juntos em situações de parada cardiorrespiratória, trauma grave, choque e insuficiências agudas, dividindo funções, comunicando-se com clareza e entendendo o papel de cada um em cada procedimento.
Emergência para enfermagem, o PROTEM oferece um espaço de empoderamento técnico, em que o enfermeiro e o técnico de enfermagem deixam de ser meros auxiliares e assumem protagonismo em tarefas críticas como compressões de alta qualidade, aplicação de torniquetes, tamponamento de feridas, montagem de dispositivos extraglóticos, preparo do acesso intraósseo e monitorização contínua da resposta do paciente.
Para o médico, o PROTEM é um convite a revisitar procedimentos muitas vezes vistos apenas na residência ou em cursos isolados, agora integrados à realidade concreta de um plantão em que o relógio corre e a equipe não é um conceito abstrato, mas pessoas com habilidades complementares.
O resultado é uma cultura de segurança e colaboração em que cada procedimento de emergência deixa de ser um ato heroico solitário e passa a ser parte de um cuidado estruturado e compartilhado.
FAQ PROTEM – Procedimentos em Emergências
O PROTEM é indicado apenas para quem já tem experiência em emergência?
Não. O PROTEM acolhe desde profissionais em início de trajetória em emergência até médicos e enfermeiros com anos de plantão. Para quem está começando, ele desenha um mapa claro dos principais procedimentos em emergência que precisam ser dominados. Para quem já tem prática, oferece a chance de corrigir vícios, atualizar condutas e integrar técnicas dispersas em um raciocínio clínico mais sólido.
O curso é voltado também para a emergência em enfermagem?
Sim. O PROTEM valoriza a emergência para enfermagem como eixo fundamental do sistema. Enfermagem participa ativamente de todas as estações: BLS com feedback audiovisual, Stop the Bleed, acesso intraósseo, manejo de dispositivos supraglóticos, assistência em punção torácica de alívio e cenários integrados. O objetivo é que a equipe de enfermagem saia com mais segurança técnica e espaço real de protagonismo.
Vou realmente aprender a realizar acesso intraósseo se nunca fiz antes?
O PROTEM oferece prática intensiva em manequins, com repetição supervisionada e discussão de indicação, técnica e complicações. A aptidão para executar o procedimento em ambiente real dependerá também dos protocolos da sua instituição e da supervisão local, mas você sairá do curso sabendo quando indicar, como realizar e como monitorar um paciente com acesso intraósseo.
O módulo Stop the Bleed é um curso oficial?
Sim. O módulo Stop the Bleed integrado ao PROTEM corresponde a um curso oficial de controle de hemorragias, alinhado ao programa internacional que treina profissionais e leigos para reconhecer e controlar sangramentos ameaçadores à vida com técnicas baseadas em evidências, como compressão direta, tamponamento de feridas e uso de torniquetes.
O PROTEM substitui cursos como BLS, ACLS ou PHTLS?
Não. O PROTEM não pretende substituir formações estruturadas como BLS, ACLS, PHTLS ou outros cursos de suporte de vida. Ele funciona como um laboratório intensivo focado em procedimentos de emergência, aprofundando habilidades práticas e conectando diferentes técnicas em cenários integrados. Idealmente, ele complementa e potencializa o que é aprendido em outros cursos.
Há prática de cricotireoidostomia por punção e punção torácica de alívio?
Sim. Essas técnicas são abordadas em modelos anatômicos e em estações específicas, sempre dentro de uma perspectiva ética e crítica. A cricotireoidostomia por punção é apresentada como recurso extremo, com ênfase em suas limitações e complicações, e a punção torácica de alívio é trabalhada em conjunto com o raciocínio do trauma torácico e a indicação de toracostomia quando apropriado.
Como faço para conhecer as próximas turmas e me inscrever?
As turmas do PROTEM são divulgadas na página oficial do curso no site da Stoicus, com cidade, datas, horário, carga horária e investimento detalhados. Basta acessar a seção específica de PROTEM – Procedimentos em Emergências e escolher a turma mais adequada para sua agenda.
Próximo passo: inscreva-se no PROTEM e refine seus procedimentos em emergência
Se você sente que já não é suficiente “saber o protocolo”, e que precisa dominar de forma madura e responsável procedimentos como Suporte Básico de Vida, acesso intraósseo, máscara laríngea, dispositivos supraglóticos, Stop the Bleed, cricotireoidostomia por punção e punção torácica de alívio, o PROTEM foi desenhado exatamente para o seu momento de carreira.
O próximo paciente crítico que cruzar a sua sala de emergência merece encontrar alguém que domina a técnica, a ética e a decisão.
Imagens do treinamento PROTEM
A dinâmica permite discutir, com calma e de forma crítica, em que momento abandonar a punção venosa periférica e assumir que a via óssea é a melhor opção. O aluno vivencia a pressão do tempo simulada, mas em ambiente seguro, aprendendo a decidir sem improviso e sem heroísmo desnecessário.

Cada etapa é comentada e repetida até que o gesto pareça natural e seguro. O cenário também é usado para discutir complicações, como extravasamento, dor intensa, risco de síndrome compartimental e tempo máximo de permanência, para que o aluno entenda tanto o poder de salvar vidas dessa via quanto os limites éticos e técnicos do seu uso na prática real.

O instrutor aproveita o momento para debater indicações clássicas, como parada cardiorrespiratória, falha de intubação e situações em que não há tempo ou recursos para uma abordagem mais complexa. Assim, a máscara laríngea deixa de ser um “plano B esquecido” e passa a ser um recurso estratégico, pensado desde o início da condução da via aérea.

O exercício reforça que via aérea não é uma sequência engessada, mas um conjunto de planos que se adaptam ao paciente, à logística e à experiência da equipe. O curso estimula o profissional a construir um plano A, B e C coerentes, em vez de depender de um único procedimento como solução universal.

Nesse tipo de estação, o objetivo vai além da destreza técnica individual. O curso trabalha comunicação clara, divisão de tarefas, liderança situacional e segurança do paciente, para que, na hora em que o cenário for real, a equipe atue como um organismo único e não como indivíduos isolados em volta do leito.



